Ah Leão! Ah Tigre da Malásia!
O leão
(inspirado em William Blake)
Leão! Leão! Leão!
Rugindo como um trovão
Deu um pulo, e era uma vez
Um cabritinho montês.
Leão! Leão! Leão!
És o rei da criação!
Tua goela é uma fornalha
Teu salto, uma labareda
Tua garra, uma navalha
Cortando a presa na queda.
Leão longe, leão perto
Nas areias do deserto.
Leão alto, sobranceiro
Junto do despenhadeiro.
Leão na caça diurna
Saindo a correr da furna.
Leão! Leão! Leão!
Foi Deus que te fez ou não?
O salto do tigre é rápido
Como o raio; mas não há
Tigre no mundo que escape
Do salto que o Leão dá.
Não conheço quem defronte
O feroz rinoceronte.
Pois bem, se ele vê o Leão
Foge como um furacão.
Leão se esgueirando, à espera
Da passagem de outra fera . . .
Vem o tigre; como um dardo
Cai-lhe em cima o leopardo
E enquanto brigam, tranqüilo
O leão fica olhando aquilo.
Quando se cansam, o Leão
Mata um com cada mão.
Leão! Leão! Leão!
És o rei da criação!
Vinicius de Moraes
Não sou muito de ligar a esta coisa dos signos.
Que me perdoem as Mayas, Alcina Lameiras, Paulos Cardosos e Paulos Coelhos, Oráculos de Bellinis, as Vénus que se encontram em Marte e demais esotéricos, mas é coisa que não consulto nem por mera curiosidade, cheira-me sempre a conversa da treta, conversa de encher chouriços (ou colunas nas revistas). Cria-me ânsias.
Mas aqui está um poema dedicado aos nativos de Leão, como estamos em Agosto, achei que era simpático.
Há dias assim, em que acordamos a pensar "E porque não?".
(inspirado em William Blake)
Leão! Leão! Leão!
Rugindo como um trovão
Deu um pulo, e era uma vez
Um cabritinho montês.
Leão! Leão! Leão!
És o rei da criação!
Tua goela é uma fornalha
Teu salto, uma labareda
Tua garra, uma navalha
Cortando a presa na queda.
Leão longe, leão perto
Nas areias do deserto.
Leão alto, sobranceiro
Junto do despenhadeiro.
Leão na caça diurna
Saindo a correr da furna.
Leão! Leão! Leão!
Foi Deus que te fez ou não?
O salto do tigre é rápido
Como o raio; mas não há
Tigre no mundo que escape
Do salto que o Leão dá.
Não conheço quem defronte
O feroz rinoceronte.
Pois bem, se ele vê o Leão
Foge como um furacão.
Leão se esgueirando, à espera
Da passagem de outra fera . . .
Vem o tigre; como um dardo
Cai-lhe em cima o leopardo
E enquanto brigam, tranqüilo
O leão fica olhando aquilo.
Quando se cansam, o Leão
Mata um com cada mão.
Leão! Leão! Leão!
És o rei da criação!
Vinicius de Moraes
Não sou muito de ligar a esta coisa dos signos.
Que me perdoem as Mayas, Alcina Lameiras, Paulos Cardosos e Paulos Coelhos, Oráculos de Bellinis, as Vénus que se encontram em Marte e demais esotéricos, mas é coisa que não consulto nem por mera curiosidade, cheira-me sempre a conversa da treta, conversa de encher chouriços (ou colunas nas revistas). Cria-me ânsias.
Mas aqui está um poema dedicado aos nativos de Leão, como estamos em Agosto, achei que era simpático.
Há dias assim, em que acordamos a pensar "E porque não?".
1 Comments:
Porque é Vinicius... ou não?
Beijo
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